Pular para o conteúdo principal

HONRANDO NOSSOS MORTOS - O RESPEITO AOS COSTUMES DE NOSSOS PROXIMOS

Honrando Nossos Mortos




Conta-se que um homem colocava flores sobre o túmulo de um parente, quando viu outro homem colocar um prato de arroz na lápide ao lado.
De forma desdenhosa, lhe perguntou:
O senhor acha mesmo que o defunto virá comer o arroz?
Mais do que depressa, respondeu o interpelado:
Certeza absoluta. No mesmo momento em que o seu vier cheirar as flores.

O diálogo parece agressivo. Mas o que ressalta é a falta de respeito que temos uns para com a forma de pensar e agir dos outros. Estamos sempre prontos a criticar, sem nos darmos conta de quantas vezes não estaremos nós sendo tolos em algumas das nossas atitudes.

Criticamos o vizinho porque coloca alimentos sobre o túmulo, pois guardamos a certeza de que, aquele que adentrou a aduana da morte, não virá se servir deles.

No entanto, não atentamos que nós mesmos estamos acendendo velas e oferecendo flores. Seria de nos indagarmos: cera queimada iluminará o caminho da consciência de quem se encontra na Espiritualidade?

O perfume das flores que deixamos sobre o túmulo alcançará a alma onde se encontre, dizendo-lhe que a recordamos? Também mostramos a nossa ignorância quanto a culturas diferentes da nossa. Por que uns colocam alimentos sobre os túmulos, enquanto outros acendem velas e oferecem flores?

Por que alguns vão ao túmulo para orar pelos seus mortos, por vezes, vindo de muito longe para assim os homenagear?

Por que outros tantos não comparecem aos cemitérios senão para providenciar os cuidados devidos com o túmulo e oram em suas casas, em seus templos?

Por que uns honram a morte e outros cantam a Imortalidade?

Isso ocorre porque os homens, na Terra, nos encontramos em estágios evolutivos bem diferentes uns dos outros. Alguns de nós ainda trazemos o atavismo de eras passadas, quando os antigos entendiam que deviam aos mortos todos os cuidados de quando estavam sobre a Terra.

Por isso, os alimentavam periodicamente, levando guloseimas e bebidas aos seus túmulos, que tinham lugares próprios para isso. Alguns, libertos desse costume, honramos a morte com outros atavios. Finalmente, outros de nós, tendo ouvido a voz do Pastor da Galiléia, que ressurgiu da morte, atestando da Imortalidade do Espírito, entendemos que quem morre, prossegue vivo e atuante.


Aprendemos que o Espírito sopra onde quer, como disse Jesus, e assim compreendemos que não se faz imperioso ir aos cemitérios para dialogar com nossos mortos. O diálogo acontece pelo pensamento, e os fios sublimes da oração são o melhor intercâmbio. Qual a escada bíblica de Jacó, onde os anjos subiam e desciam dos céus à Terra, enviamos as nossas vibrações de saudade, nossos abraços espirituais, recordando-os, nas imagens vivas da nossa mente.

E, tranquilos, com eles nos encontramos, enquanto o sono físico nos recupera as forças. Vamos ao seu encontro, arrefecemos um pouco a grande noite da saudade e formulamos votos de logo mais nos reencontrarmos, outra vez, na Espiritualidade. Tudo reside no entendimento de cada um. Por isso, respeitemos as manifestações diversas das nossas quanto à morte.


Mas, de nossa parte, continuemos a dar mostras de que somos os discípulos do Mestre da Imortalidade, Jesus Cristo, que nos legou uma tumba vazia, a fim de que O recordássemos sempre glorioso, na ressurreição do Espírito imortal.


Redação do Momento Espírita.
Em 01.11.2009.

Comentários

Mensagem

Mensagem

Postagens mais visitadas deste blog

PROGRAMA QUALIDADE TOTAL 5 S

O 5S ou  House keeping  é um conjunto de técnicas desenvolvidas no Japão e utilizadas inicialmente pelas donas-de-casa japonesas para envolver todos os membros da família na administração e organização do lar.     No final dos anos 60, quando os industriais japoneses começaram a implantar o sistema de qualidade total (QT) nas suas empresas, perceberam que o 5S seria um programa básico para o sucesso da QT.  O Programa recebeu esse nome devido às iniciais das cinco palavras japonesas que sintetizam as cinco etapas do programa: Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke, mas para a adequação à língua portuguesa adotou-se os 5 sensos: de utilização, de ordenação, de limpeza, de saúde e autodisciplina.  O Programa 5S será definido na instituição como:  Seiri - Senso de Organização: a arte de descartar fora coisas sem uso; Seiton - Senso de Arrumação: a arte de cada coisa no seu lugar para pronto uso; Seiso - Senso de Limpeza: a arte de tirar não sujar; Seiketsu -Senso de Padroniza

OURILANDIA DO NORTE 2011 - AVENIDA PRINCIPAL

Essa foto mostra como está a Avenida principal de Ourilândia do Norte à noite. Ela foi registrada às 19:23h, horário local e mostra a Av. das Nações, agora iluminada. O registro foi feito pouco antes da Praça das Crianças sentido Tucumã - Ourilândia.  Características da foto: Panasonic ZS-7 Distância focal de 22mm Diafragma em f/4.5 Tempo de exposição de 0,6 segundos Velocidade ISO em 400 Fonte: Fotógrafo Arlindo Carvalho (fotografoarlindocarvalho@yahoo.com.br)

FLOR

Era uma vez uma flor que nasceu no meio das pedras. Quem sabe como, conseguiu crescer e ser um sinal de vida no meio de tanta tristeza. Passou uma jovem e ficou admirada com a flor. Logo pensou em Deus. Cortou a flor e a levou para a igreja. Mas, após uma semana a flor tinha morrido. Era uma vez uma flor que nasceu no meio das pedras. Quem sabe como, conseguiu crescer e ser um sinal de vida no meio de tanta tristeza. Passou um homem, viu a flor, pensou em Deus, agradeceu e a deixou ali; não quis cortá-la para não matá-la. Mas, dias depois, veio uma tempestade e a flor morreu... Era uma vez uma flor que nasceu no meio das pedras. Quem sabe como, conseguiu crescer e ser um sinal de vida no meio de tanta tristeza. Passou uma criança e achou que aquela flor era parecida com ela: bonita, mas sozinha. Decidiu voltar todos os dias. Um dia regou, outro dia trouxe terra, outro dia podou, depois fez um canteiro,colocou adubo... Um mês depois, lá onde tinha só pedras e