A ECLAMPSIA
Hoje na escola me perguntaram porque eu tenho um filho apenas.
Primeiramente porque fica muito complicado ter muitos filhos hoje em dia com o custo de vida tão alto. Mas devo confessar que o motivo maior foi porque quando fiquei grávida tive eclampsia. Foi um susto pra mim e pra minha família pois nunca tínhamos ouvido falar a respeito desse problema.

Minha gravidez estava sendo muito tranquila. Tinha um bom acompanhamento médico particular. O Rafael foi um filho muito desejado, e amado.
Mas num belo dia, estava trabalhando quando senti uma tonteira. . . imediatamente meus colegas de trabalho quiseram me dar café com sal achando que a minha pressão estava baixa, mas eu não aceitei porque o gosto é horrível. Fui então para casa e eu via luzinhas brilhantes a toda hora, depois comecei a sentir dor na nuca. Parei no posto médico mais próximo e de lá mesmo me encaminharam para o hospital. A pressão estava altíssima.
No hospital chamaram minha médica, Dra. Larissa. Desse dia em diante até o nascimento do Rafael minha vida virou do avesso. Foram dias revesando entre a cama de casa e o quarto do hospital, sempre deitada do lado direito ( até hoje não consigo mais dormir desse lado). E pior, ninguém me falava direito o que estava acontecendo. Me enxiam de paparicos, cortaram o sal da minha comida, mas explicação mesmo. . . nada.
O QUE É ECLAMPSIA e PRÉ- ECLAMPSIA = Eclampsia é a forma mais grave da doença pré-eclampsia. A doença é caracterizada pela pressão alta e presença de proteína na urina. Geralmente acontece na segunda metade da gravidez . A causa é desconhecida. Na pré-eclampsia grave, além do aumento da pressão arterial e proteinúria, inchaço, pode-se notar dor de cabeça, cansaço, sensação de ardor no estômago e alterações visuais ligeiras. Quando a eclampsia estiver iminente acontecerá hemorragias vaginais e diminuição dos movimentos do seu bebê.
O Risco: Possuem maiores riscos de adquirir a doença as mulheres que engravidam mais velhas ou muito novas, que estão grávidas pela primeira vez, que têm histórico de diabetes, pressão alta, pré-eclampsia ou eclampsia, se há alguém na família que já teve a pré-eclampsia, e obesas.
No meu caso nada disso se aplicou. Eu tinha 24 anos, pressão normal, não tenho diabetes, e ninguém na minha família teve a doença. Os dias se passavam, a ansiedade aumentava. Na cidade onde eu morava não havia hospital com CTI e nenhum médico quis assumir a responsabilidade de me operar. Os remédios não faziam mais efeito e a pressão não abaixava.
Fiz diversos exames para acompanhar o crescimento do bebê. Tomei remédios para que o pulmaozinho dele desenvolvesse mais rapidamente. E os dias se passavam . . .
Meu marido e meus pais já haviam me colocado na fila a espera de uma CTI , mas nada, a resposta era sempre a mesma, não há vagas. Foi então que Deus encaminhou anjos que salvaram minha vida.
Na época eu e meu marido trabalhávamos no Hotel Fazenda Pedra do Sino e a D. Nicédia que é proprietária do Hotel ligou para um amigo da famíla Dr. Artur Palhares que conseguiu pra mim uma vaga no Hospital das Clínicas em Belo Horizonte. Agradeço a esses dois anjos que embora eu esteja tão distante serei eternamente grata, pois segundo os médicos aquela seria minha ultima noite de vida.
No Hospital das Clínica UFMG fui recebida com tratamento VIP. Médicos maravilhosos e estagiários atenciosos. Desculpe se não me lembro do nome de todos mas agradeço a médica Dra. Caroline e sua equipe, a todas as enfermeiras pelo carinho.
Saímos de Lafaiete exatamente à meia noite e chegamos de ambulancia em BH em 1 hora. Os enfermeiros já me esperavam na recepção e fui direto de maca para me preparar para a cirurgia. Foi muito complicado pois não pegava a anestesia. Senti muita dor pois a cezárea teve que começar mesmo sem anestezia. Depois disso entrei em coma e só me lembro de acordar no quarto, cercada de carinho e de atenção, e com uma voz super grave. Até hoje minha voz ainda é grave, mas eu gosto dela assim.
No hospital estavam sempre ao meu lado meu Marido e minha mãe e isso foi essencial para minha recuperação. O Rafael nasceu pequenininho com 1,750 Kg mas com muita saúde graças a Deus. Hoje o Rafael está com 9
anos, saudável, inteligente e lindo!!!!!!!!!

Depois disso ficamos com medo de outra gestação e meu marido me deu a maior prova de amor do mundo. Para que eu não corresse risco novamente, e não precisasse me arriscar em outra cirurgia ele optou pela vazectomia.
Essa é a mais uma história da minha vida. Espero que tenham gostado!!!!
Comentários
estava no setimo mes,e nisso ele deslocou o pescoço e quebrou-se no meio,induziram o parto,e eu não posso mais engravidar
eclampsia eu sempre vou ter para sempre...
preciso de respostas por que eclampsia eclampsia morte do meu filho,e agora será que posso engravidar novamente????
LAMENTO QUANDO FICO SABENDO QUE UMA MULHER CORRE O RISCO DE MORRER NA HORA DO PARTO,NAQUELE TEMPO EU NÃO SABIA O RISCO QUE PASSEI.BEIJOS!!!
Fiquei gravida com 15 anos de idade de meu primeiro filho, tive uma gestação normal, fiz exames pré-natal e fiz acompanhamento médico mensal, uma gravidez normal, embora eu tivesse apenas 15 anos.
Com 6 meses de gestação comecei a inchar muito, mais todos me falavam que era normal, acontece q fui inchando tanto que um dia levantei e não consegui descer as escadas de casa, não consegui ao menos fechar minhas pernas...
Fui levada ao médico e lá me informaram que minha pressão esta 18 não me lembro quanto estava a minima mais a alta estava 18...o médico me passou alguns medicamentos para abaixar a pressão, tive bons resultados com o remédio minha pressão abaixou e eu desinchei... como notei minha melhora parei então de tomar os medicamentos por conta própria.
No dia em que eu ia passar no medico para minha consulta mensal e a penúltima consulta ja que eu estava de 8 meses, me levantei e senti tonturas, e uma dor forte na nuca, minha mãe perguntou se eu não queria ficar em casa pois não estava passando bem para sair e ela não poderia me acompanhar nesse dia. respondi que não pois gostava de ir nas consultas, em Campos do Jordão nessa época todas as consultas o médico fazia ultrassom, o aparelho ja ficava na sala do medico e eu gosta de ver meu bebe, então resolvi ir.
Ao chegar no ponto de ônibus comecei a perceber que não estava enxergando bem, umas luzinhas ficavam piscando na minha vista e dificultava minha visão. Quando cheguei próximo ao hospital ja não enxergava nada do meu lado esquerdo...
Ao chegar na recepção cometi o maior erro que quase me levou a morte. Não informei a enfermeira que estava passando mau, eu era muito nova, achei que estava com algum problema na visão, e como eu cheguei cedo e eu seria a primeira a ser atendida, resolvi sentar e esperar passar pelo médico e disse p mim mesma, após a consulta eu vou ate a sala do oftalmologista e informo o que esta acontecendo.
Uns minutos depois comecei a sentir minha boca seca, e logo en seguida comecei a sentir tonturas, depois disso lembro que cai no chão e lembro de ver pessoas a minha volta dizendo, qual seu nome, tenta ficar acordada, quantos anos voce tem? e depois apaguei...
O médico falou que eu não deveria engravidar novamente, mais 3 anos depois engravidei a da minha filha, por causa do meu histórico médico tive um pré natal bem acompanhado, quando completei 8 meses de gestação da Samara senti fortes dores na nuca e fui internada, minha pressão esta muito alta e a médica me falou que eu estava com pré- eclampsia, e para não correr risco o médico resolveu retira-la, fez antes um exame do liquido da bolsa para ver se estava maduro, e então retirou ela no mesmo dia...
Sei que corri muito risco de vida, e se estou viva hoje é pela misericórdia de Deus, mais faria tudo novamente, pois não me arrependo das duas jóias que Deus me deu... Hoje tenho 29 anos, meu filho tem 13 anos e minha filha tem 10 anos...meu casamento anterior não foi bem sucedido, mais hoje Deus me deu de presente um marido, que amo muito e gostaria de ter mais um filho, não sei se posso ter eclampsia novamente, mais acredito que Deus é capaz de milagres orem por mim para que Deus nos dê essa benção que é um filho...
Tive eclampsia com rotura hepática grave, os médicos me desenganaram dando 1% apenas de vida e com sequelas... fiquei em coma, 19 dias na UTI e 24 internada, Deus levou o meu filho e me devolveu a vida
Abraços ( Mara)