Como chegamos em Ourilandia á noite só fomos conhecer a cidade no outro dia. Saímos para um passeio logo cedo. A primeira impressão que tive é que estava em uma cidade do litoral. Muito quente, uma rua longa e a sensação é que se andarmos até o final da rua encontraremos o mar. Só que estamos a quilômetros do litoral. Essa impressão é por causa do calor, da claridade.
A cidade está em construção ainda. Basicamente o comercio fica na avenida principal da cidade. Em 1980 o município de Ourilândia do Norte foi constituído com a implantação do Projeto Tucumã e colonização particular de Andrade Gutierrez. Em decorrência dos atrativos da região, que possui terra boa e muito ouro, chegaram pessoas de várias regiões do país, porém, o Projeto Tucumã selecionava as pessoas para se estabelecerem na região. Os que não possuíam condições financeiras de adquirir lotes de terra entravam na seleção do projeto. Essas pessoas se aglomeraram próximo à guarita posta pelos Diretores do Projeto Tucumã e construíram barracos de lona de pau-a-pique, por isso o primeiro nome de Ourilândia do Norte foi Gurita. A área da sede municipal era de posse do Fazendeiro e piloto, Ernesto. A terra foi solicitada pelo GETAT, organizadora do loteamento, para urbanização do povoado às margens da rodovia PA-279, nos limites do Projeto Tucumã.
Andamos por toda a cidade, conhecemos os comercios, as pessoas.
Nos surpriendemos com o fato de aqui as pessoas não usarem capacete para pilotar, nos falaram que isso foi para evitar assaltos, e olhando por esse lado faz sentido. Mas os incrivel mesmo foi ver quantas pessoas cabem em uma moto. 2, 3,4, e até 5. Vimos também mulheres elegantemente sentadas de lado nas motos o que me lembrou os filmes de época onde vemos mulheres cavalgando sentadas de lado. Vimos crianças pequenas e até bebês sendo transportados em motos. E como tem moto aqui!!!!!! Parece que tem mais motos que moradores.
Aprendemos muito já no primeiro dia sobre a história do povo ourilandense que é marcada por movimentos sociais, pela resistência às dificuldades e pela busca de conquistas por melhores condições de vida. Já surgiram diversas greves pacíficas reivindicando o fim do Projeto Tucumã e a redistribuição das terras para reforma agrária, melhoria das estradas, ligação de energia elétrica e pavimentação da PA-279 entres outros, também importantes.
Comentários