Amigos, estou publicando a continuação da história de Maysa Barreto, retirei da revista online Época, Mulher 7x7- Essa história me emocionou muito e é uma lição de vida que vou levar sempre comigo. Não conheci Maysa mas já admiro muito e tenho certeza que neste momento está cumprindo a promessa que fez a Ana Carolina de Oliveira, está cuidando da pequena Isabela Nardoni. Admiro também a reporter Katia Melo, que nos proporcionou essa história, pois nos faz repensar nossa vida, . Parabéns Katia Melo, seu trabalho foi brilhante e impecável.
"Maysa Barreto, 26 anos, pernambucana, faleceu nesta sexta-feira em um hospital em João Pessoa. Seu corpo foi cremado ontem, em Recife. Esperei a autorização da família para noticiar e assim estou fazendo neste domingo de Páscoa. Quando recebi a carta que ela gostaria de enviar a Ana Carolina, acreditei na possibilidade de que com a sua publicação, Maysa pudesser receber um transplante de medula. Fiquei pensando: o que posso fazer por essa moça? Por vezes, nós da mídia temos a chance de fazer uma ponte entre quem precisa e quem pode doar. Pedi permissão a Maysa para publicar a carta e ela me deu. Disse apenas para ter o cuidado de não falar em quanto tempo o médico lhe deu de vida. Os médicos lhe deram apenas três meses de vida. E assim eu fiz em respeito à sua dignidade, à sua vontade de viver.
A sua história me emocionou muito e emocionou centenas de brasileiros. Formou-se uma corrente em prol da sobrevivência de Maysa. Muita gente rezou por ela, outros ofereceram serem voluntários para o transplante de medula. Algumas pessoas ainda me ligaram indicando médicos e tratamentos. Mas tudo foi rápido demais. Depois da publicação da carta na quarta-feira 30, Maysa foi internada às pressas e seu estado só foi piorando e ela entrou em estado de coma. A sua irmã Maria Clara, com quem tive contato ainda disse: “que bênçãos que as pessoas estão mandando!”.
Confesso que ainda estou muito tocada. A história de pessoas como Maysa comovem, porque nos trazem a magnitude da vida. Diante delas, nos deparamos com nossa mesquinhez, nossa pequeneza, nossa finitude. Essa matuta, como ela mesma dizia ser, lembrava a todos que para viver é preciso ter coragem. E fé. Talvez por isso eu tenha me identificado com ela. Na minha apresentação aqui neste blog digo que sou uma Maria ( a da canção de Miltom Nascimento) que tem a “estranha mania de ter fé na vida”.
Talvez seja esse o sentido da mensagem de Maysa Barreto: coragem e fé.
Quero dizer que o pedido dela foi feito. Ana Carolina de Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, recebeu a sua carta e a respondeu antes de Maysa partir de vez. Nela, Ana Carolina dizia que se Maysa fosse encontrar sua Isabella que enviasse a ela um grande abraço da mãe.
Precisamos de mais Maysas, mais Ana Carolinas e mais Marias. Nesse mundo tão umbilical, precisamos de seres que nos façam repensar e redimensionar a nossa existência.
Agradeço a todos que tentaram ajudar e em especial à família de Maysa que me confiou a sua história."
Comentários
Triste muito triste, mais linda essa hstória.