Hoje os alunos do 6º ano Gama do Colégio Atenas, visitaram a gruta da Lapa, localizada no município de Vazante (MG).
A visita e aula prática foi organizada pela professora Cinara de Ciências e acompanhada pela Graziela e pelo Túlio, funcionários do Colégio.
A Gruta da Lapa possui extensão total de 4.550 metros e grandes reservas espeleológicas (cavernas) com destaque expressivo no cenário nacional.
Gostaria de Parabenizar a belíssima iniciativa da professora Cinara. A excursão foi de grande valia para os alunos pois os mesmos puderam observar em campo os conteúdos ministrados em sala de aula, além de terem a oportunidade de conhecer uma gruta.
UM POUCO DE HISTÓRIA Tradição e lazer na Lapa do Sapezal |
Fonte: Felipe Müller, Mariane Rodrigues e Thaís Regina
Formada pela ação do lençol freático sobre o solo calcário, a Lapa ou Gruta do Sapezal fica a 200m da Vila São José.Reconhecido ponto turístico de Unaí, ela tem no interior um lago, cujas águas são tidas como milagrosas. Há também, entre falhas e formas geológicas seculares, uma figura interpretada por muitos como a imagem de Nossa Senhora.
Além dos motivos ligados ao catolicismo popular, que é responsável pelo surgimento dessas crenças a respeito da Lapa, os visitantes também buscam sossego.
A história da Festa da Lapa é recheada de lendas e fatos curiosos. Antigamente, a missa era rezada no interior da gruta e ocorriam, até mesmo, batizados nas águas do lago. Um padre vinha de Paracatu para fazer o cerimonial, sempre no dia três de maio, dia da Exaltação à Santa Cruz de acordo com o antigo calendário católico. Uma das histórias conta que um dos romeiros teria matado outro durante a festa. “O padre foi embora. Ele disse que padre nenhum deveria rezar missa lá”, afirma dona Nica, calculando que por mais de 100 anos não foi realizada a cerimônia. Segundo ela, somente depois da oficialização da festa em 1989, a comunidade voltou a receber um padre. Ainda assim, ocorreram problemas.
− Um dia um homem estava dançando forró com a mulher, caiu e desmaiou. Nós o levamos para o hospital, mas já estava morto. Isso foi na primeira edição da festa. No ano seguinte, quando estávamos indo embora, um menino viu um homem matar outro com um facão.
Esses acontecimentos levaram os organizadores a acreditar que aquele primeiro padre os havia excomungado. Dona Nica conta que rezou bastante depois disso e nunca mais aconteceu nada.
De acordo com Edgard Magalhães, a proliferação dessas lendas ajuda a ressignificar a história da Lapa. Outro exemplo seria a origem do atual nome do local: Vila São José. Alguns dos organizadores da festa afirmam a homenagem a José Branco, antigo dono das terras, quando na verdade o nome se deve à São José Operário. José Branco sempre ajudava a organizar as cerimônias, participava dos festejos e autorizava os visitantes a acampar no local. Antes de morrer, doou o terreno, onde hoje fica a vila, para a prefeitura de Unaí, que transferiu a administração para a associação comunitária, adotando o nome de São José.
FESTA DO LAPA SAPEZAL
Fonte: Edgard Dias MAGALHÃES - Espéleo Grupo de Brasília - EGB
A Festa da Lapa do Sapezal, uma entre as muitas que acontecem em Minas Gerais e no restante do Brasil, se inscreve no contexto de um “catolicismo popular” que realiza a fé e devoção do povo via práticas religiosas distantes e fora do catolicismo institucionalizado e oficial. A sacralização de espaços “profanos” aparece como estratégia de aproximação do sagrado, transcrevendo-o para uma linguagem mais inteligível à pessoa e sem a intermediação de especialistas (e.g. os padres) e, por isso mesmo, fugindo a sua esfera de dominação e poder. Esta forma da religiosidade popular se mostra duradoura, a pesar de subalterna, de grande alcance e eficiência na contínua elaboração dos símbolos que ordenam o mundo social.
Na Lapa do Sapezal, situada na área rural do município de Unaí, Minas Gerais, acontece entre os dias 01 a 03 de maio uma peregrinação dedicada à Exaltação à Santa Cruz (dia 03 de maio pelo calendário litúrgico católico antigo, atualmente transferido para o dia 14 de setembro) e à reverência a São José Operário (1º de maio pelo calendário litúrgico católico antigo, não mais comemorado oficialmente). A festa mobiliza parte da população residente nas terras próximas e contingentes oriundos dos municípios de Paracatu, Vazantes e Buritis, além de Unaí, municípios estes contíguos e historicamente intimamente relacionados.
No entorno da gruta, em oposição à capela de alvenaria, são construídas barraquinhas temporárias para venda de comidas. A capela sedia orações, batizados, uma missa e dela parte uma procissão, marcando o caráter religioso da festa. No interior da gruta calcárea há um lago de origem freática onde são jogadas moedas, a mais antiga datada de 1828, acompanhadas de pedidos; suas águas teriam também, somadas à fé do necessitado, poder curativo. Também no interior da lapa é identificada uma abstrata figura de uma Nossa Senhora a se formar em escorrimentos de calcita sem que haja, contudo, referências a milagres seus ou culto a uma Bossa Senhora da Lapa.
COMO CHEGAR
Saindo de Unaí, pela rodovia que liga o município a Paracatu, percorrem-se 50km. Após o único posto de combustível que se vê nesse percurso, pode-se avistar uma pequena placa, à direita, onde se lê “Lapa”. Nove quilômetros de uma estrada de terra bem conservada ou três mata-burros separam a Lapa do Sapezal da rodovia. Deve-se lembrar de virar, à esquerda, e depois de pegar a primeira à direita.
O que se vê, acima da porteira da fazenda, é uma placa indicando ser ali a “Associação da Vila São José”. Ao entrar, a primeira visão é a do campo de futebol e de algumas casinhas dispostas em “L”. Ao lado do campo, localiza-se a capela. A Gruta do Sapezal fica a cerca de 200m da vila, onde há uma área para se acampar.
Comentários
karen santini,OI MONIQUE,kkkkkkkkkkk