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TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO

Aula 1 - Professor Eduarto Blatt
ADMINISTRAÇÃO:  processo de planejar, organizar, dirigir e controlar. O Administrador é a pessoa responsável por conduzir todo o Processo de Administrar.  

As teorias da administração surgiram em resposta a algum problema organizacional ou seja problemas que ocorreram dentro das empresas. 

As teorias como ciência começaram a ser escritas no início do século XX. O contexto social desta época incluía a industrialização . As pessoas estavam deixando de construir as coisas manualmente para construir as coisas através das máquinas. Muita experiência, e muita prática foi vivida nesta época. Tentativas de  alcançar o sucesso, produzir mais, com menos recursos. Ser mais eficiente com maior produtividade, acumulo de riquezas.

As teorias foram construídas por administradores, professores, gerentes, empresários e estudiosos, que de alguma forma tinham contato direto com as organizações, ou seja, vivenciavam a prática. Essas teorias e pensamentos tiveram origem em nações industrializadas como França, EUA e Inglaterra. Esses autores, observavam a prática e formulavam soluções gerais ou universais para os problemas. 

NECESSIDADE: 
  • aumento de produção.
  • controle dos recursos materiais, tecnológicos, financeiros, etc.
  • relações sociais no trabalho.
ABORDAGEM
  • pessoas diferentes baseadas em estudos diferentes 
  • estudos baseados em observações
  • pesquisas acadêmicas
  • comparações.
HABILIDADES DO ORGANIZADOR
Há pelo menos três tipos de habilidades necessárias para que o administrador possa executar eficazmente o processo administrativo: a habilidade técnica; a humana e a conceitual':
Habilidade técnica: consiste em utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e equipamentos necessários para a realização de suas tarefas especificas, através de sua instrução, experiência e educação.
Habilidade humana: consiste na capacidade e discernimento para trabalhar com pessoas, compreender suas atitudes e motivações e aplicar uma liderança eficaz.
Habilidade conceitual: consiste na habilidade para compreender as complexidades da organização global e o ajustamento do comportamento da pessoa dentro da organização. Esta habilidade permite que a pessoa se comporte de acordo com os objetivos da organização total e não apenas de acordo com os objetivos e as necessidades de seu grupo imediato.

A adequada combinação dessas habilidades varia à medida que um indivíduo sobe na escala hierárquica, de posições de supervisão a posições de alta direção'.

ALTA DIREÇÃO
  • técnica - 10%
  • recursos humanos - 30 a 40 %
  • foco no planejamento - 40 a 60%
  • Pensar, raciocinar, diagnosticar situações com a formulação de alternativas e soluções

ADMINISTRADORES GERENTES
  • - trabalho com pessoas (foco)
  • Comunicar, motivar, liderar
GERENTE (OPERACIONAL)
  • Conhecimento especializado
  • Procedimentos
COMPETÊNCIAS DO ADMINISTRADOR
  • conhecimento (saber) - atualização constante - muita leitura
  • perspectivas (saber fazer) - transforma conhecimento em ação.
  • julgamento (saber analisar) - espírito crítico e definir prioridades.
  • atitude (saber fazer acontecer) - ser um agente de mudança, assumir riscos.
COMPETÊNCIAS PESSOAL
  • competitividade, assertividade, convicção profunda, inconformismo.
10 PAPEIS DO ADMINISTRADOR
  • Interpessoais - representação, liderança e ligação
  • Informacionais - monitoração, disseminação, porta-voz
  • Decisórios - solução de conflitos, alocação de recursos, negociação.
PORQUE ESTUDAR TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO?
  • evitar erros passados
  • compreender a evolução do comportamento organizacional
  • adquirir habilidade de interpretar a realidade das empresas
  • aplicar para cada situação a melhor teoria
  • integrar o conhecimento para atingir os objetivos da organização.
Os conhecimentos da administração estão organizados para facilitar nossa interpretação.

  • As abordagens também ajudam no entendimento das teorias,
  • As organizações vistas como máquinas, como seres vivos, como cérebros, etc
  • Os seres vivos reforçam  o papel de ser humano nas organizações
  • A tecnologia, as organizações passaram a ser vistas como cérebros, sistemas integrados, todos eles trabalhando para alcançar algum objetivo.
VISÃO CRITICA DENTRO DAS ORGANIZAÇÕES

Enxergar além de uma simples disciplina , precisamos enxergar a administração de forma abrangente. 
  • A organização é um ser vivo; 
  • cada projeto, cada negócio,
  •  uma ou mais teoria podem ajudar; 
  • as organizações mudam continuamente; 
  • o ambiente interno e externo interferem na gestão dos negócios.
  • a organização continua sendo objeto de estudo.
  • assuntos que foram discutidos e parecem resolvidos voltam a ser estudados.
  • não existe uma fórmula única e definitiva para a gestão das organizações, é preciso redefinir caminho todos os dias.
FAVORECE O DESENVOLVIMENTO DE NOVAS SOLUÇÕES
  • respostas criativas para o dia-a-dia
  • aplicação de ferramentas que foram bem sucedidas no passado.
  • indicam caminhos para solucionar problemas que parecem insolúveis.
  • previnem o comportamento inadequado e os erros cometidos no passado.
  • permite transcender os modelos e implementar novas soluções.
  • ajudam a lidar com o complexo sem necessariamente torná-lo simples.
TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
  • depende da situação
  • tudo é relativo
DATAS IMPORTANTES

1903 - Administração ciêntífica

  • tentativa de aplicação dos métodos da ciência
  • Frederick Taylor
  • eliminação dos desperdícios
  • elevar níveis de produtividades
  • aumentar e nivelar a produção
  • capacidade de produção previsíveis
  • processar, normatizar e cronometrar.
Críticas:
  • mecanismos de sua abordagem - pessoas, empresas, são máquinas a produzir resultados.
  • super especialização- robotiza o empregado, limitando sua capacidade produtiva = frustração
  • visão microscópica do homem - o empregado é somente uma engrenagem, sem espaço para criatividade.
1916 - Teoria Clássica
  • estrutura da organização como um todo
  • Henri Fayol, (1841 a 1925), Engenheiro Francês.
  • Administration Industrielle et Génerale
  • 5 elementos: prever, organizar, comandar, coordenar, controlar.Para deixar claro essa função coordenadora, Fayol assim define o ato de administrar:
  • 1) Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação. 2) Organizar: constituir o duplo organismo da empresa, material e social. 3) Comandar: dirigir e orientar o pessoal 4) Coordenar: ligar, unir, harmonizar todos os atos e todos os esforços coletivos. 5) Controlar: verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as ordens dadas
    São princípios fundamentais de Fayol: 1) divisão de trabalho; 2) autoridade e responsabilidade; 3) disciplina; 4) unidade de comando; 5) unidade de direção; 6) subordinação dos interesses individuais ao interesse geral; 7) remuneração justa ao pessoal; 8) centralização; 9) linha de autoridade; 10) ordem; 11) equidade; 12) estabilidade do pessoal; 13) iniciativa e; 14) espírito de equipe.
O Discípulo de Fayol o Inglês Lyndal F.Urwick: Foi muito mais um compilador e divulgador de Fayol do que propriamente um colaborador, até porque era 50 anos mais novo que aquele. Ampliou os atos da função administrativa para:
  •  investigação, previsão, planejamento, organização, coordenação, comando e controle. 
Para Urwick a divisão do trabalho se processa em duas direções: uma vertical, indicando os tipos de atividades; e outra horizontal indicando os níveis de autoridade. Também defendeu o princípio da departamentalização, através da qual se obtém a homogeneidade, ou seja, a integração da função, do processo, da clientela e da localização.

Vê-se, pois, que divisão do trabalho é o elemento comum mais importante entre Taylor e Fayol, mas enquanto na Administração Científica a divisão do trabalho se processa ao nível do operário, fragmentando as tarefas, na Administração Clássica a preocupação com a divisão se opera ao nível dos órgãos que compõem a organização, isto é, os departamentos, divisões, seções, unidades.

 CRÍTICAS:

A maior crítica relativa à influência negativa que os conceitos Taylor e Fayol tiveram na gestão de empresas - mais especificamente nas indústrias – pode ser claramente observado no filme de Carlitos: "Tempo Modernos". Dessa forma, tanto as teorias desenvolvidas por Taylor, como as de Fayol, sofreram críticas por serem eminentemente mecanicistas e, até mesmo, motivadas no sentido da exploração do trabalhador, como se fora uma máquina. Principalmente a partir da contribuição de psicólogos e sociólogos, iniciada com Elton Mayo e Mary Parker Follet, surgem outras escolas de Administração, a começar pela Escola de Relações Humanas.

A partir daí, as teorias de Taylor são vistas como distorcidas, do ponto de vista do trabalhador, considerado uma simples peça no processo de produção e submetido a uma supervisão policialesca. Por outro lado, não corresponde à verdade o conceito genérico de que o trabalhador não tem outros interesses e motivações senão os representados pela recompensa financeira. Da mesma forma se estendem as críticas às teorias de Fayol, às quais se nega a comprovação da validade dos princípios estabelecidos, pela ausência de trabalhos experimentais



TEORIA COM ÊNFASE NAS TAREFAS

O que a pessoa deve fazer, quando deve fazer, a que tempo fazer, e que quantidade fazer.

Representante: Frederick Taylor - ele iniciou o que chamamos de administração cientifica. Para ele o que motiva as pessoas é o dinheiro, ou seja, quanto mais se pagasse a alguém, mais produtividade se conseguiria.  Por considerar a administração uma ciência, passou a pesquisar e realizar estudos dos tempos e movimentos, ou seja, quanto de tempo e quanto de movimento é necessário para produzir algo. A intensão era racionalizar o tempo, economizar o tempo, economizar recursos, maior produtividade, ganhar mais dinheiro. O homem é considerado uma máquina que trabalha por dinheiro. 




TEORIA COM ÊNFASE NAS ESTRUTURAS

Representante: Henry Fayol - criou a teoria estruturalista, estava preocupado com os órgãos internos ou seja os departamentos internos das organizações que iria gerir., administrar o trabalho. Alguns princípios foram elaborados por Fayol para que a empresa tivesse sucesso na sua administração como por exemplo:
  • hierarquia
  • divisão do trabalho
  • o comando
  • a subordinação
  • a ordem
  • a centralização etc
Fatores que ele considerava importantes para estruturar melhor o negócio conseguindo maior produtividade e retorno financeiro.

Outro representante: Max Weber - sociólogo alemão que escreveu sobre a burocratização ou seja a burocracia, a formalidade das empresas no inicio do século XX. Max começou a notar como as organizações estavam se profissionalizando e para tanto precisavam de uma série de formalidades. Isto foi uma transição entre as estruturas internas, a preocupação entre os órgãos internos da administração e também do papel das pessoas dentro da organização. 
Além de Max Weber diagnosticar o que estava acontecendo com as organizações da época, também tentou verificar qual o papel do ser humano naquele contexto e isso resultou a uma série de críticas sobre a mecanização, o tratamento das pessoas como máquinas.


 TEORIA COM ÊNFASE NAS PESSOAS

Elton Mayo
Elton Mayo, Lewin, Hezberg - Acadêmicos, médicos do trabalho, estudaram o papel do ser humano dentro das organizações. Esses autores descobriram que as pessoas tem necessidades que precisam ser supridas, e que não é somente do dinheiro que elas precisam, ou seja sua motivação de trabalhar para produzir, para se desenvolver dentro de uma organização, não é somente dinheiro. É uma oposição brutal as teorias enteriores.





TEORIA COM ÊNFASE NO AMBIENTE E NA TECNOLOGIA.
Karl Ludwig
  • teoria integrativa
  • consideram a organização como grandes sistema, sistemas complexos, com dificuldades a resolver mas que são abertos (interagem com outros sistemas).
  • Karl Ludwig von Bertalanffy foi o criador da TEORIA GERAL DOS SISTEMAS. Cidadão austríaco  desenvolveu a maior parte do seu trabalho científico nos EUA.




  • Norbert Wiener, matemático estadunidense, conhecido como o fundador da cibernética
    Cibernética é a teoria da contingência que considera que para cada situação nós precisamos de uma ação diferente.A teoria da cibernética de Wiener pode ser vista como uma superciência, a ciência das ciências - que estimulou as pesquisas em muitas áreas dos sistemas de controle e sistemas que trabalham com informação. O ponto de partida para esta aplicação da teoria cibernética nos diversos campos do conhecimento é a possibilidade de reduzir todo fenômeno ou processo estudado à informação ou a sua transmissão.
Feed Back.-(retorno de informação ou, simplesmente, retorno) é o procedimento que consiste no provimento de informação a uma pessoa sobre o desempenho, conduta, ou ação executada por esta, objetivando reorientar ou estimular comportamentos futuros mais adequados.

No processo de desenvolvimento da competência interpessoal o feedback é um importante recurso porque permite que nos vejamos como somos vistos pelos outros. É ainda, uma atividade executada com a finalidade de maximizar o desempenho de um indivíduo ou de um grupo. Processualmente, é oriundo de uma avaliação de monitoria.

TEORIAS EM CONSTRUÇÃO

TEORIA DA CONTINGÊNCIA OU TEORIA CONTINGENCIAL - explica que para cada situação precisaremos de uma forma de agir diferente. 
  • a melhor das teorias
  • soluções que se completam
  • crítica
  • preparo para a complexidade
  • capacitação.
O FUTURO DAS TEORIAS
  • aumento da complexidade
  • soluções flexíveis
  • capacidade criativa
  • administração estratégica
  • gestão participativa
  • liderança
  • Bench Making - é a busca das melhores práticas na indústria que conduzem ao desempenho superior. É visto como um processo positivo e pró-ativo por meio do qual uma empresa examina como outra realiza uma função específica a fim de melhorar como realizar a mesma ou uma função semelhante. O processo de comparação do desempenho entre dois ou mais sistemas é chamado de benchmarking, e as cargas usadas são chamadas de benchmark.
  • Empowerment -  ou delegação de autoridade, é uma abordagem a projetos de trabalho que se baseia na delegação de poderes de decisão, autonomia e participação dos funcionários na administração das empresas. Analisa-se o desenvolvimento, ou grau de maturidade, do empowerment na organização avaliando o estágio evolutivo em que se encontram as áreas de gestão, as configurações organizacionais, as estratégias competitivas, a gestão de recursos humanos e a qualidade.

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